sexta-feira, 28 de junho de 2019

Autoestima na Graduação






A decisão dessa postagem foi como uma luz para meus pensamentos. Com a ajuda de uma amiga consegui digitar algo já engatilhado na postagem anterior. Confesso que foi um pouco difícil fazer uma postagem que não fosse cansativa, como a mesma descreveu que, o assunto dava para fazer um livro (ELIZANDRA, Maria. 2019).
Esse período que se passou me veio uma retrospectiva na cabeça, quanta coisa já se passou para chegar aonde cheguei.
 Tudo começou ao terminar o ensino médio, que na sequencia cronológica de seus/meus familiares, você deve passar em uma faculdade publica para ser alguém. Bom, eu não fui para faculdade publica apesar de ter passado em duas. Fui para uma particular e o melhor, em curso técnico, olha só gente, voltando a sequencia cronológica tem que ir para graduação, tá? (SÓQUENUNCA). Próximo de finalizar o curso fui aprovada em outro curso também na particular. Mesmo eu sendo bolsistas 100% em ambos, na visão dos outros eu estava errada, errada nos dois cursos escolhidos, e mais errada ainda por estar na particular. Convenhamos, instituição define formação boa ou ruim? Se você estuda em uma instituição aprovada pelo MEC, parabéns, você vai ser alguém na vida sim!
Tirando esses seres que me apunhalavam pela frente mesmo, a minha trajetória na faculdade foi bem complicada, sim, eu tinha em mente que seria um sonho estar no nível superior, me formar e tals. Mas não é bem assim, chega uma fase que você tem uma crise existencial, “eu escolhi o curso certo?”, “o que estou fazendo aqui”, “vou desisti”, “isso não é para eu”, entre outros, na Psicologia esses pensamentos são chamados de Pensamentos Automáticos, isso eu tenho certeza de que qualquer um graduando tem. Não foi o meu caso, mas tem estudantes que estão em certos cursos só pelo fato dos pais ou família em geral ter praticamente obrigado o mesmo a cursar, por isso temos como exemplo, médicos que não olham em nossas caras, enfermeiras emburradas, engenheiros que só sabem mandar, advogados que não dão bom dia para o porteiro, ou seja, profissionais formados forçadamente que pensaram em desistir e não podiam. Mas você que esta na crise existencial e esta vendo que não é esse curso que você deseja, tranca meu bem, isso não vai te matar não, decide o que tu quer da vida, não seja um profissional que não vale a pena conviver. Você precisa ter certeza do que quer, graduação de 5 anos não te definirá como a pessoa bem sucedida. Diploma é algo exigido em seu currículo, mas sem caráter você não esta qualificado para aquela vaga.

                          

Tive momentos em que pensei que deveria desistir, na realidade até hoje tenho, e olha que estou no 9º período, quem nunca? Mas observei o que eu percorri ate aqui e coloquei em uma balança meus principais objetivos, esse era o curso que eu escolhi ninguém escolheu por eu, então eu acredito que todo o esforço seria valido. Em todo curso você vai ter disciplinas que vai odiar, sem problemas, não se especialize em algo voltado à elas. Então não é simplesmente trancar ou desistir da faculdade, tudo é uma questão de objetivos, seus objetivos!
Faculdade não é mil maravilhas como descrito nos filmes americanos, sinceramente, se pudesse eu nem faria. Mas ai tem o lado positivo das coisas, você faz e tem aprendizado, vê o mundo de outra forma, sabe se expressar, e isso é o diferencial que só você terá.
As dificuldades financeiras, emocionais e sociais vão aparecer a cada período avançado, e acho ótimo quem consiga parar em um período, organizar a vida e voltar, é interessante você ter um tempo só seu, decidir se é aquele curso que se identifica, e depois para reabrir com certeza se continua ou muda.

Ah! Não é lei ter que fazer isso após o ensino médio, você sabe das prioridades da sua vida, ninguém, alem de você saberá o seu momento.

Quanto aos parentes/amigos/vizinhos e demais que encham seu saco, pergunte:
- Em qual embasamento teórico o seu conselho é valido para minha vida?


               

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