A decisão dessa postagem foi
como uma luz para meus pensamentos. Com a ajuda de uma amiga consegui digitar
algo já engatilhado na postagem anterior. Confesso que foi um pouco difícil fazer
uma postagem que não fosse cansativa, como a mesma descreveu que, o assunto dava
para fazer um livro (ELIZANDRA, Maria. 2019).
Esse período que se passou me
veio uma retrospectiva na cabeça, quanta coisa já se passou para chegar aonde
cheguei.
Tudo começou ao terminar o ensino médio, que na
sequencia cronológica de seus/meus familiares, você deve passar em uma faculdade
publica para ser alguém. Bom, eu não fui para faculdade publica apesar de ter
passado em duas. Fui para uma particular e o melhor, em curso técnico, olha só
gente, voltando a sequencia cronológica tem que ir para graduação, tá?
(SÓQUENUNCA). Próximo de finalizar o curso fui aprovada em outro curso também na
particular. Mesmo eu sendo bolsistas 100% em ambos, na visão dos outros eu
estava errada, errada nos dois cursos escolhidos, e mais errada ainda por estar
na particular. Convenhamos, instituição define formação boa ou ruim? Se você estuda
em uma instituição aprovada pelo MEC, parabéns, você vai ser alguém na vida
sim!
Tirando esses seres que me
apunhalavam pela frente mesmo, a minha trajetória na faculdade foi bem
complicada, sim, eu tinha em mente que seria um sonho estar no nível superior, me formar e tals. Mas não é bem assim, chega uma fase que você tem uma crise
existencial, “eu escolhi o curso certo?”, “o que estou fazendo aqui”, “vou
desisti”, “isso não é para eu”, entre outros, na Psicologia esses pensamentos
são chamados de Pensamentos Automáticos, isso eu tenho certeza de que qualquer
um graduando tem. Não foi o meu caso, mas tem estudantes que estão em certos
cursos só pelo fato dos pais ou família em geral ter praticamente obrigado o
mesmo a cursar, por isso temos como exemplo, médicos que não olham em nossas
caras, enfermeiras emburradas, engenheiros que só sabem mandar, advogados que não
dão bom dia para o porteiro, ou seja, profissionais formados forçadamente que
pensaram em desistir e não podiam. Mas você que esta na crise existencial e
esta vendo que não é esse curso que você deseja, tranca meu bem, isso não vai
te matar não, decide o que tu quer da vida, não seja um profissional que não vale
a pena conviver. Você precisa ter certeza do que quer, graduação de 5 anos não
te definirá como a pessoa bem sucedida. Diploma é algo exigido em seu currículo,
mas sem caráter você não esta qualificado para aquela vaga.
Tive momentos em que pensei que
deveria desistir, na realidade até hoje tenho, e olha que estou no 9º período,
quem nunca? Mas observei o que eu percorri ate aqui e coloquei em uma balança
meus principais objetivos, esse era o curso que eu escolhi ninguém escolheu por
eu, então eu acredito que todo o esforço seria valido. Em todo curso você vai
ter disciplinas que vai odiar, sem problemas, não se especialize em algo
voltado à elas. Então não é simplesmente trancar ou desistir da faculdade, tudo
é uma questão de objetivos, seus objetivos!
Faculdade não é mil maravilhas
como descrito nos filmes americanos, sinceramente, se pudesse eu nem faria. Mas
ai tem o lado positivo das coisas, você faz e tem aprendizado, vê o mundo de
outra forma, sabe se expressar, e isso é o diferencial que só você terá.
As dificuldades financeiras,
emocionais e sociais vão aparecer a cada período avançado, e acho ótimo quem
consiga parar em um período, organizar a vida e voltar, é interessante você ter
um tempo só seu, decidir se é aquele curso que se identifica, e depois para
reabrir com certeza se continua ou muda.
Ah! Não é lei ter que fazer isso
após o ensino médio, você sabe das prioridades da sua vida, ninguém, alem
de você saberá o seu momento.
Quanto aos parentes/amigos/vizinhos e demais que encham
seu saco, pergunte:
- Em qual embasamento teórico o
seu conselho é valido para minha vida?
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